Mais um ano se encerra, mais um Natal se aproxima. Neste ano observamos o crescimento de uma fé num Deus triunfante, um Deus-Rei que mora longe. Surge um Deus que se manifesta na emoção do louvor e na efusão da pregação. Mas e o Deus-Homem Jesus Cristo? Para onde foi? Aquele homem que nasceu pobre, viveu entre os menos abastados, que foi simples, para onde ele foi? A experiência da fé em um Deus-Homem parece se perder. Surge uma fé no extraordinário. Surge uma fé em um Deus individual que não se manifesta no outro. Se o cristianismo primitivo considerava a manifestação de Deus no outro, sendo a comunidade o ponto central, essa nova forma de fé trata de um Deus que se manifesta individualmente para cada um. Um Deus do indivíduo... Lentamente a perspectiva da comunidade parece se perder. Sem comunidade, não há cristianismo. Com a falta da perspectiva da comunidade, começamos a não reconhecer o outro como tal e perdemos de vista as necessidades e peculiaridades de cada
Durante alguns anos escrevi muitos textos com reflexões diversas, nem todos de caráter acadêmico. Muitos já foram publicados em outros canais. Agora reviso-os e deixo-os aqui, como um repositório.